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Cerveja ou café? Uma mistura de paixões

Para quem ainda não é lá muito iniciado no mundo das cervejas além das American Lager (que não são Pilsen, como diz nosso mantra), o que entra na xícara (café), não casa com o copo ou taça (cerveja). Ainda.

Basta uma provazinha das produções mais alcoólicas que pipocam todo santo inverno para saber: “essa cerveja tem gosto de café”. E não é só coisa da imaginação do cervejeiro — nem propaganda enganosa.

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Desde a escolinha de degustação a gente aprende que “Stout remete a café expresso” e “Porter lembra café coado”. Estilos, via de regra, potentes, escuros e apaixonantes como uma boa (e necessária) xícara de café.
Aqui no Siga o Copo, quando se trata da cafeína, somos nada além de fãs. Mas, de cabeça, não são poucas as lembranças de cervejas que trouxeram um toque de café para o bar.

A Porter Demoiselle, da Colorado, feita com café da região da Alta Mogiana, por exemplo: uma das boas entradas para o mundo das artesanais que a gente encontra fácil pelos mercados.

Lá de 2014, a Hop Arábica, da cervejaria Morada Cia Etílica, dava um nó na cabeça: uma Blonde Ale (ou seja, cerveja amarela) de 5% ABV e 10 IBU, que leva adição de café Catuaí. Aroma de café e aquele finalzinho na boca.

Hop Arábica, da cervejaria Morada Cia Etílica – Reprodução/Instagram – Reprodução/Instagram
Hop Arábica, da cervejaria Morada Cia Etílica
Imagem: Reprodução/Instagram
Guinness Cold Brew Coffee Beer – Divulgação – Divulgação
Guinness Cold Brew Coffee Beer
Imagem: Divulgação
Em 2019, numa viagem à Colômbia, partíamos sequíssimos por Medellín e Cartagena atrás da Coffee Stout da BBC, a Macondo. Cerveja com café colombiano, apenas. Era sazonal, não tomamos, virou cerveja de linha em 2021. Me chama que eu vou, Bogotá.

Recentemente, até a gigante Guinness cedeu aos encantos cafezeiros e lançou uma cerveja a base de café gelado. Nosso amigo cervejeiro, blogueiro fatness, correspondente informal em Oxford, Leonardo Dias Pereira provou e aprovou.

Inverno 2022: pode tudo
A boa notícia é que nessa temporada seguimos com cervejeiros e cafezeiros de mãos dadas em criações especialíssimas, como é o caso da Imperial Baltic Coffee da Avós, feita com adição do café especial Supreme (microlote da Um Coffee Co.) e a a Wee Heavy da Burgman, feita com café da 15 Coffee Company, de Sorocaba).

Imperial Baltic Coffee da Avós – Divulgação – Divulgação
Imperial Baltic Coffee da Avós
Imagem: Divulgação
Twelve, Wee Heavy da Burgman – Divulgação – Divulgação
Twelve, Wee Heavy da Burgman
Imagem: Divulgação
Notou que surgiram estilos nessa brincadeira? Não é à toa: a brincadeira é sem limites. Ou quase isso.

Para Junior Bottura, da Avós, na produção de cervejas cafezeiras, o ponto é acertar o equilíbrio.

O caminho é entender o que esperar de cada ingrediente ou, se a ideia é surpreender, propor uma experiência e sensação diferente, que pode ser muito interessante — como foi o caso de algumas sours com café — que tive a oportunidade de provar”.

Patrick Bannwart, mestre cervejeiro da Burgman faz coro:

“Cada dia mais vemos os cervejeiros se arriscando e apostando em combinações menos comuns como as Coffee IPAs e German Pils com café. O ponto principal é achar a dosagem certa, o café e a torra corretos para chegar no melhor resultado possível”, afirma.

Com criatividade, técnicas corretas e bons insumos, o céu é o limite para os cervejeiros”. HELL, YEAH.

Quem ganha com essa mistura?
Todo mundo.

O que o café tem que falta à cerveja e o que a cerveja tem que falta ao café?

Junior e Patrick acreditam que a intensidade que o café tem é muito difícil “tirar” apenas do malte.

De um lado, o café leva a intensidade e a potência das suas notas cítricas e frutadas no aroma e agrega muito à cerveja. Assim como os toques de tosta quando a utilização dos grãos torrados.

Por outro, o aquecimento trazido pela bebida alcoólica produz, uma sensação que o café sozinho, mesmo quando servido quente, não alcança.

Esses fatores juntos trazem complexidade e um resultado interessante à cerveja.

Para Patrick, o grande segredo desta combinação está no equilíbrio: tem que ter cor, gosto, aroma e sabor de cerveja, mas também a sutileza e complexidade do café. Cada um na sua dosagem certa, para se complementarem e não um sobressair ao outro.

Cafezeiro hoje, cervejeiro agora
Você que caiu aqui e não se considera um fã de cerveja, mas ama café? queremos você — e o mundo todo 🙂

Para Júnior, a cerveja artesanal tem que estar presente em lugares onde antes ninguém achava: um restaurante bacana, um estádio, uma feira de arte… uma cafeteria.

“O café e a cerveja são duas bebidas de reconhecimento e apreciação nacional, são a cara do Brasil. Esse tipo de ‘colaboração’ só tem a agregar novos consumidores para ambos os mercados, e todos só tem a ganhar”, diz Patrick.

Depois dessa, vai uma xicrinha de café alcoólico, leitor?

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Conheça os Embaixadores Priceless

Alguns pontos em comum unem o cervejeiro Junior Bottura, proprietário da Cervejaria Avós, e Boram Um, especialista em cafés e sócio-fundador da Um Coffee Co.. Além de já terem recebido prêmios por seus trabalhos, os dois vivenciaram mudanças de carreira: Junior era publicitário e, Boram, trabalhava no mercado corporativo. Também são embaixadores – cada um em sua área – do Espaço Priceless, complexo de experiências que reúne o restaurante Notiê e o Abaru bar e restaurante no topo do Shopping Light, em São Paulo.  

Mas, mais do que isso, agora eles têm uma nova empreitada juntos: estão lançando a Imperial Baltic Coffee, uma cerveja especial com café, unindo as paixões de cada um. “Apesar de apreciar muito bebidas como cervejas especiais, nunca tinha imaginado criar uma”, conta Boram, que escolheu o melhor lote de café para o rótulo, uma edição limitada de 80 garrafas numeradas. “É uma Imperial Baltic Porter que maturou por muito tempo, resultando em uma bebida de sabor especial”, explica Junior.  

A seguir, você conhece mais sobre a cerveja e as paixões dos dois especialistas. 

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Boram, como surgiu o interesse pelo café? 

A cultura coreana, país de origem da minha família, valoriza muito a gastronomia, e eu sempre tive muito apreço por essa área. Meu interesse veio quando eu ainda estava na faculdade de administração, e visitei a primeira cafeteria especial da minha vida, em Boston, nos Estados Unidos. Antes, eu consumia somente cafés comuns e, quando entrei nessa cafeteria, percebi logo pelo aroma que ela era diferente. Vi pela primeira vez cafés de origens diferentes, como Etiópia, Colômbia e Costa Rica. Aquilo foi muito inspirador. 

Você costuma acompanhar todas as etapas da cadeia de produção dos cafés que serve; por que é importante ter o olhar do especialista em todas as fases? 

Acredito que esta é a verdadeira potência do Brasil no mercado global de cafés. Existem milhares de baristas e profissionais do café que ficam a vida toda sem entender de onde vem o produto que servem. Hoje, a rastreabilidade e a identidade do produto que nós servimos são pontos básicos para a qualidade. Por isso, tendo essa visão da cadeia toda, tenho entendimento completo sobre quais são os pontos mais importantes que influenciam a qualidade do nosso produto. Assim, não só consigo manter consistência, mas também evoluir constantemente na qualidade dos meus lotes. 

Como os cafés especiais estão movimentando o mercado no Brasil? 

Há três, quatro anos, mal víamos cafés especiais nas gôndolas de supermercado. Hoje, todas as grandes marcas já se inseriram no mercado, aumentando a qualidade dos produtos. É fascinante ver como o consumidor brasileiro obteve conhecimento abrangente. Acredito que é muito certo que o Brasil rapidamente vai dominar a produção e o consumo de cafés especiais. 

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Agora, Junior, o que você leva em conta quando desenvolve uma nova cerveja?  

Antes de mais nada, tento imaginar a sensação que quero transmitir no resultado final. A parte criativa é muito importante, e preciso definir se a cerveja será, por exemplo, mais leve ou mais encorpada, mais seca ou mais doce. O desafio é colocar em prática o que foi criado, aplicando as técnicas corretas, e isso envolve desde a definição de tempos de processos até a quantidade de insumos que serão usados em cada etapa. 

A Avós preza o trabalho artesanal e os ingredientes de pequenos produtores. Qual é a importância disso no resultado final? 

A qualidade e a intensidade de aromas e sabores dependem muito do cuidado que os fornecedores têm com os produtos e como eles os entregam na cervejaria. Cada detalhe faz a diferença para que não tenha oxidação, para garantir o frescor. 

Junior, que conselho daria para quem pensa em uma grande mudança, assim como a que você fez há alguns anos, quando largou a publicidade? 

Estude bastante o mercado em que irá atuar, gaste tempo e dinheiro com um bom business plan e tenha pessoas leais e apaixonadas pelo seu negócio por perto. 

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O que podemos esperar dessa nova cerveja da Avós em parceria com a Um Coffee Co.? 

Boram: Será extremamente profunda e licorosa. O café selecionado, do Espírito Santo, tem um perfil ácido, com muita doçura de rapadura, e frutado de limão. Será uma experiência única. 

Junior: Espere uma cerveja especial, que maturou por muito tempo. Tem 10,5% de teor alcoólico e seus grãos foram infusionados por 18 horas. O resultado é uma cerveja complexa, com notas de frutas secas, chocolate e uma explosão de café. 

Como embaixadores do Priceless, vocês participaram de uma expedição pelo sertão brasileiro em busca de pessoas, sabores e experiências para trazer o melhor ao Espaço. Como foi essa viagem? 

Junior: Foi um choque de realidade muito grande vivenciar o dia a dia de comunidades ribeirinhas e conhecer a história de algumas delas foi um presente. Recebi aulas de vida, conheci referências que me fizeram refletir muito sobre alguns temas, como viver em grupo, pensamento coletivo, e até sobre como sentir a passagem do tempo. Foi transformador. 

Boram: Desbravar nosso Brasil em busca de histórias, pessoas e produtos foi realmente uma experiência única, um aprendizado enorme. Conheci regiões onde provavelmente não iria em busca de cafés, e tive muitas inspirações para movimentar o mercado. 

O que não tem preço nas áreas em que vocês trabalham, café e cerveja? 

Boram: São as pessoas; principalmente, os produtores. Todo produtor de café tem uma história única e inesquecível. Produzir café é muito desafiador e, por isso, as histórias desses indivíduos trazem momentos priceless no universo do café. 

Junior: Priceless no mundo da cerveja são as infinitas possibilidades de ser criativo. 

E fora do universo de atuação de vocês, o que não tem preço? 

Junior: Passar o tempo com a família, principalmente quando consigo cozinhar para meus filhos e minha mulher. E não digo apenas almoços ou jantares elaborados, mas quando consigo deixar um arroz com feijão pronto para o começo da semana. Fico muito feliz. 

Boram: Acredito que a gastronomia e experiências sensoriais realmente nos conectam, não só no café. Por isso, experiências sensoriais únicas são para sempre, porque nos conectam com nossas histórias e com as pessoas que estão ao nosso redor. Então, para mim, priceless é poder compartilhar esses momentos únicos e criar memórias inesquecíveis. 

Serviço: 

Priceless 

Edifício Alexandre Mackenzie, R. Formosa, 157.  – Rooftop (mesmo edifício do Shopping Light) 

Entrada exclusiva para o Priceless no estacionamento do prédio, subsolo. 

Site para reserva: https://booking-priceless.com.br

Informações: priceless@bemsaopaulo.com. 

Cerveja Avós 

https://linkr.bio/cervejaavos

Um Coffee Co. 

https://www.umcoffeeco.com.br
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Avó que Dibra – Parceria com Pacaembu

É com prazer que traremos a Avó que Dibra, uma Bohemian Pilsner com 4,8% de teor alcoólico e 39 IBU.Essa cerveja é uma homenagem da Cerveja Avós às mulheres que realizaram uma partida no Pacaembu, em 1959, “dibrando” a lei que proibia o futebol feminino, e a todas as mulheres que lutam todos os dias para fortalecer o esporte feminino.
Acervo Museu do Futebol | Coleção Lover Ibaixe
Os jogos competitivos de futebol femininos eram proibidos, mas usando o artifício de “jogo-espetáculo” com objetivo beneficente, no dia 17 de agosto de 1959, o empresário Lover Ibaixe patrocinou uma partida entre atrizes do teatro de revista. Conhecido como Jogo das Vedetes, foi um confronto interestadual entre São Paulo e Rio de Janeiro.O objetivo era arrecadar fundos para a construção do Hospital dos Atores de São Paulo.Este jogo deu o que falar na época e foi um marco importante para subverter a ideia de que só era possivel a pratica do futebol masculino.
Cerveja Avós e Pavilhão Pacaembu
Essa cerveja nasce para celebrar a parceria que fechamos com a Allegra Pacaembu para sermos a cerveja artesanal oficial do Pavilhão Pacaembu, isso significa que nos próximos eventos realizados por lá você poderá curtir nossas lagers artesanais fresquinhas.Sua cor é dourada, amargor leve-moderado, feita com Saaz, lúpulo nobre da República Checa.Ideal para curtir uma partida de futebol do seu time favorito.
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Cupom válido até 22/05/22, não cumulativo com outros cupons.
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Café Imperial Báltico – Colab. Um Coffee Co.

Uma strong lager escura, complexa, com 7 maltes diferentes, com adição do café especial da variedade Catucaí 24/137 da Um Coffee Co. do Boram Julio Um, campeão brasileiro de baristas de 2020 e um dos melhores produtores de café do Brasil.O café foi infusionado a frio por 18h a 16ºC, e possui notas florais, cítricas e de rapadura, que trazem ainda mais complexidade para essa cerveja.

Uma cerveja intensa, com 10,5% de teor alcoólico, aromas e sabores complexos de torrefação, café, nozes e chocolate.Poucas unidades!Compre e garanta a sua
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Avós será a cerveja artesanal oficial do Pavilhão do Pacaembu

Parceria começa em show de Gal Costa, neste sábado

Sandro Macedo

Um show de Gal Costa neste sábado (30) marca oficialmente o início das atividades no Pavilhão Pacaembu, uma das áreas ocupadas pela concessionária Allegra Pacaembu, que assumiu a gestão da área que já foi o charmoso estádio municipal.

E a boa notícia para o setor das cervejas artesanais é que, às vésperas do evento, a Allegra definiu a Cerveja Avós como uma das marcas do espaço. “Acredito que uma parceria como essa do Pacaembu pode trazer resultados não só para a Avós, mas para o mercado artesanal como um todo”, celebra Junior Bottura, proprietário por trás dos rótulos da cervejaria sediada na Vila Ipojuca (região oeste de São Paulo).

Rótulo Avó que Dibra, bohemian pilsner da Avós que será lançada após parceria com concessionária do Pacaembu – Divulgação

A marca artesanal não deve ser a única cerveja no Pacaembu, que terá também um rótulo mais mainstream. “Estaremos ao lado de grandes marcas, mas dando a opção para o consumidor de conhecer um produto novo e muito fresco”, conta Bottura.

Sob uma tenda de 4.000 m², o pavilhão vai receber uma programação intensa até outubro de 2023 —quando está previsto para terminar a grande reforma—, incluindo shows nacionais e internacionais, feiras e eventos esportivos em uma área móvel que pode receber até 9.000 pessoas. Entre as próximas atrações estão uma apresentação do padre Fábio de Melo, no Dia das Mães, e a primeira edição da Arpa, Feira de Arte do Pacaembu, em 1º de junho.

Especializada em cervejas do estilo lager (de baixa fermentação, ao contrário das ales, de alta fermentação), a Avós vai oferecer duas de suas principais cervejas para o show de Gal, a Vó Maria In Concert, uma india pale lager com 6,1% de álcool e amargor moderado, e a Vó Maria e o Seu Lado Zen, uma refrescante hoppy lager com 4,9% de álcool.

A microcervejaria, que produz em média 17 mil litros por mês, já está com o primeiro rótulo especial para marcar a parceria com o Pacaembu engatilhado, a bohemian pilsner Avó que Dibra, lembrando a história do futebol feminino no futebol paulista.

“Temos o resgate de histórias no DNA da marca, a valorização dos momentos em família e a importância que as mulheres mais sábias e experientes tiveram e têm em nossas vidas”, conta Bottura. “A possibilidade que o Pacaembu nos dá neste sentido é enorme, e a primeira cerveja que marca essa parceria é uma homenagem a algumas dessas mulheres, que em tempos difíceis tiveram a coragem de romper as regras e são fontes de inspiração até hoje”, completa.

Cerveja Avós

Em 2019, a Allegra Pacaembu ganhou a concessão para gerir o equipamento municipal por 35 anos e prevê investimentos de R$ 400 milhões até o fim de 2023. Depois de derrubar o tobogã, a concessionária começou também a construção de um hotel de nove andares, com 50 quartos e uma piscina privativa, em parceria com a UMusic Hotels.

Alguns andares receberão lojas, restaurantes, escritórios e locais para eventos. Em parceria com o BBL, um grupo de entretenimento com foco em jogos virtuais, a nova gestão dará destaque aos eSports, com a criação de uma grande arena de Battle Royale.